Já imaginou escolher o que deseja fazer da vida e não depender de um sistema seletivo de seleção como o vestibular? Parece um sonho, mas ele é bem real e esse sonho está mais próximo do que você imagina. A Argentina, não seleciona seus alunos por vestibular, a escolha é sua! Vamos juntos entender o que levou a isso?
Fazendo um brevê resume histórico de todo o contexto do vestibular, o que precisamos saber é que Portugal, nunca teve interesse de trazer escolas e muito menos universidades para o Brasil.
Como consequência, somente em 1912 é que tivemos a primeira universidade no Brasil no Estado do Paraná, que durou somente três anos. Somente em 1920 surge a Universidade do Rio de Janeiro, hoje UFRJ, ou seja, apenas há 95 anos.
Então imagina, o país tem poucas universidades e muita gente querendo estudar, foi então que o Ministro da Justiça e dos Negócios, Rivadavia da Cunha Corrêa, que instituiu o vestibular no Brasil, em 1911.
Resumindo, o vestibular surgiu devido um problema interno do país, muitas pessoas e poucas vagas, esse é um problema, que infelizmente está longe de ser resolvido.
Na Argentina a menor quantidade de pessoas dentro do país, ajuda a entender o porque não existe essa forma de ingresso nas universidades, mas não explica tudo. Então caminhe comigo pela a história do ensino superior argentino.
A Reforma Universitária de 1918, Reforma Universitária de Córdoba, Reforma Universitária da Argentina, Grito de Córdoba, ou simplesmente Reforma Universitária, foi um movimento de projeção juvenil para democratizar a universidade e dar-lhe um caráter científico, que começou com uma rebelião estudantil no Congresso Nacional.
Universidade de Córdoba, na Argentina, que durou entre março e outubro de 1918, durante os quais ocorreram violentos confrontos entre reformistas e católicos. Sua data simbólica é 15 de junho de 1918, momento em que os estudantes invadiram a Universidade para impedir a eleição do reitor que manteria a situação como estava até então, e decretaram uma segunda greve geral. Atingiu seu clímax em 9 de setembro, quando a Federação Universitária de Córdoba assumiu a direção da Universidade e o governo ordenou que o Exército reprimisse a ocupação. Durante o conflito e a pedido dos estudantes, o presidente Hipólito Yrigoyen interveio duas vezes na Universidade para reformar os estatutos e realizar novas eleições para suas autoridades.
A revolta estudantil de Córdoba teve sua expressão no famoso Manifesto preliminar da Federação Universitária de Córdoba, escrito por Deodoro Roca e intitulado “A Juventude Argentina de Córdoba aos Homens Livres da América do Sul”.
Isso influenciou diretamente na mudança da perspectiva da educação no país, criando uma serie de mudanças, que levaram a uma visão mais inclusiva da educação e entre as mudanças mais significativas, estão por exemplo:
• Autonomia Universitária;
• Ingresso Irrestrito;
• Reconhecimento do centro de estudantes elegidos democraticamente;
• Acesso ao cargo de professor através de concurso público e não por indicação da elite;
• Direito de influenciar na formação das Cátedras escolhendo desde que paradigma aprender;
• Governo das Universidades seja compartilhado entre estudantes, professores e graduados.
Essas mudanças deram a cada universidade o direito de escolher como faz o processo de ingresso, mas como falei anteriormente, ele é irrestrito, então é se preparar para conhecer uma nova cultura, aprender uma língua nova e correr atrás dos seus sonhos!